terça-feira, 8 de março de 2011


Zeus


A chuva não tarda, escuto a trovoada
Abre-se o céu e despenca em inundação.
O sol escondido, o dia esboroado em gris
Fáz cachoeiras no telhado e lagos no chão.
A paisagem descortinada de minha janela
Tem cor de mágoa, rabiscada de giz
Riscos coruscantes na quase escuridão.


Estremeço ante a água que se encapela
Na natureza inclemente e comandada.
Quedo inerte, infimo membro da platéia
Ante o artista de tão vasta comoção.


-Helena Frontini-

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