terça-feira, 22 de março de 2011


Castidade


Tens a alvura das flores da laranjeira
Perfume exalado de noivas virginais.
Teu porte de fidalga altaneira
Num corpo de desejos angelicais.


Meu verso descompassa em teu olhar
Transparente e puro como cristal.
Quer haurir o que prometes sem falar
Mas, emudece ante teu vulto de vestal


A chama sagrada que mantens acesa
Arde em minha poesia de forma velada
Tu, que és detentora de toda a realeza
Dá-me o céu sem dar-me nada.


-Helena Frontini-

Nenhum comentário:

Postar um comentário