quinta-feira, 21 de julho de 2011
À revelia...
Em meus sonhos adejam suspiros e frêmitos
De amantes misteriosos e desconhecidos
Abrasando minha pele na noite vazia...
Dançam na sombra, suas vontades ardentes
Mãos esvoaçantes de ávidas mariposas
Atrevendo-se no calor que delas se irradia.
Por um momento a mente queda, extasiada
Ao sentir a pujança ardorosa de mim ausente
Que por um tempo queimou-me o ventre.
Depois a lembrança amarga, chega à revelia
Prende-se em minha carne amargurada
Matando os sons evocados na fantasia.
-Helena Frontini-
Insegurança
Preciso ir embora, revalidar meu intento.
A cada dia dou um passo além e me detenho.
A corda que me prende, estica resistente
Decidida a reter tal empenho.
Meu movimento desfaz os nós à revelia.
Um fio tênue inibe o próximo passo
E amanhã serei livre, talvez...
Poderia ser hoje, mas estagno na covardia
De me atrever por tantos espaços
E perder-me de vez.
-Helena Frontini-
Como sempre...
Quando escuto teus passos no corredor
Teus pés despidos, que reconheço
Seguem a direção traçada pelo amor.
Meu corpo contrai-se e estremeço
Por querer-te com doçura e despudor.
Quando teu vulto assoma num repente
Pelo quarto de penumbras e abrigo
Os olhos encontram-se exigentes
Enquanto os corpos são desvestidos
A paixão irrompe, como sempre...
-Helena frontini-
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