quinta-feira, 20 de maio de 2010


Pira ardente


Teu corpo incendiou o meu num fogo urgente
Faíscas detonaram o estopim adormecido
Vibrando os sentidos em perfeita combustão.

Foi fácil me envolver. Jogar-me na pira ardente
Não notando a labareda dolorosa que crescia
Jorrando de dentro para fora, tenso vulcão.

Como fogo na palha, consumida em seu tempo
Inerte o brilho, extinto o que chamei eterno,
Apaga-se a chama em decepção.


-Helena Frontini-

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