sexta-feira, 14 de maio de 2010



Indiferença


O inimigo do amor espera na sombra
Indiferente, sem cara e caridade.
Esta faca afiada que corta profundo
Sangra na ferida em chaga
E desaparece sem deixar vestígio.


Pior que o ódio vestido de vermelho
E da raiva sua amiga constante,
É este olhar de quem não se importa
As mãos escondidas nas costas
Esta boca em riste, dura e calada.


Não venhas, indiferença, eu te peço.
Nada mata mais doído e fundo
Que tua presença.


-Helena Frontini-

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