domingo, 12 de fevereiro de 2012



Pânico


Tudo me escapa e se arrasta em desvario
No medo que desenrola seu fino aguilhão.
Até mesmo o verso, ainda mero arremedo
Prende-se ao ventre sem ânimo de parir.
Minha poesia é vela gasta até o pavio
E o sentimento arde-me à flor da pele,
Arrepiando os pelos da inquietação.


O pânico regurgita seus eflúvios azedos
Num travo que jamais desejei sentir.
Mas, vem desembestado e me fere
No corpo, na alma e na inspiração.


-Helena Frontini-

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