quarta-feira, 25 de novembro de 2009


Quase dia...


Na janela escancarada a aurora abre um vão
Raios cintilantes no fôsco da madrugada.
O céu ainda em penumbra desvenda um clarão
Numa palidez que logo se tornará dourada.


Levemente sobe do chão uma tenue fumaça
Desenhos abstratos num quadro surreal.
A natureza se adorna em estado de graça
Criando vislumbres do nascimento ideal.


Por instantes há um estado de suspensão.
Tudo se cala esperando o momento milagroso
O presente mais brilhante de toda a criação.
Nasce, enfim o sol deste parto silencioso.


Foi-se a noite para o outro lado do mundo
E fico eu em deslumbre profundo.


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

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