sexta-feira, 19 de março de 2010
Sem volta
Não importa se esta presença que me acompanha
É um vulto encolhido e cansado do meu passado.
Não importa se o ruido de passos em minha mente
Arrasta-se em correntes que nos prendem.
Não importa se o misto de ansia e fervor que sinto,
Resvala no caos absurdo que eu mesma criei.
Não importa se te aceito com amargura e deleite
Espantando minhas noites insones e densas.
Sobrevives em mim como uma planta tantalizante
Enquanto amo teus veios leitosos e amargos...
Teu amor envenenou-me e dele morrerei.
-Helena Frontini-
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