sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Chama apagada
Se um dia tua vida se encontrar com a minha
Não me olhes que teus olhos me trazem dores.
Fostes em meu caminho como a erva daninha
Que consome o jardim e mata todas as flores.
Achei que eras vinho,seleta colheita da vindima
Numa mistura de especiarias finas e caras.
Ao provar, eras salobro,agua parada na moringa
Sem a nobreza que surge de uma casta rara.
Matastes os meus sonhos com tua crueldade
Afundastes em mim as tuas mãos sujas de lama
Até minha alma sentir-se pobre e aturdida.
O tempo abriu-me os olhos para a crua realidade
E deu-me a medida exata de tua chama.
Não eras luz, só fogo fátuo a assombrar a vida.
-Helena Frontini-
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