sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Feiticeira
Adentro os teus mistérios como a um templo
Em silencio,pasmado, diante de um sacrário
Achego minhas mãos ao teu corpo relicário
E sinto a pulsação acelerada de teu centro.
Enquanto a doçura se adere à minha palma
Meu lábio pousa leve em teu desejo aflorado.
Tenho receio que te afastes ou percas a calma
E fujas desabalada de meu ardor disfarçado.
Não te assustes minha borboleta amorosa
Nem faça ares de quem não entende nada.
Sei muito bem o que guardas tão zelosa:
O feitiço desta ternura que me acaba.
-Helena Frontini-
(Pres.aut.)
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