sexta-feira, 11 de março de 2011
Mãos abençoadas...
Quando seguro entre as minhas, a tua mão
Sinto na pele a maciez rude
De teu ofício que lhe dá esta gastura.
O cabo da enxada como apêndice de teu braço
Despontam nos calos grossos e torneados
Entalhes esculpidos em teu labor
Que plantam e colhem da terra, o fruto e o pão.
Beijo esta palma poderosa e pura como o aço
No desvelo de quem ama com ternura.
Tuas mãos que conhecem os mistérios do chão
E todos os caminhos do amor.
-Helena Frontini-
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