domingo, 11 de abril de 2010


Recuperação


O silencio mostrou-se como um lenitivo.
Fico só, lambendo minhas feridas
Em companhia da natureza que me refugia.
Meu olhar distante procura certo alento
Nas flores, no voo das aves, no sol,
No rio que segue sempre, no vento...

Uma névoa ensombrou meu ideal.
Sonhos perdidos,o coração despreparado
Para o sofrimento e o desamor.
Não sei como reagir nem mesmo pensar.
Preciso de solidão e calmaria,
Gerada dentro da alma e não fora,
Em becos e ruas sem saída.

Sofro e ninguém pressente minha dor
Espero, em meu tempo de esplim...
Retorno quando me achar
E souber o que fazer de mim.


-Helena Frontini-

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