segunda-feira, 30 de novembro de 2009


Nem virtual...


O que consumiu nosso pretenso amor
Foi o excesso de palavras que por ti ousei.
Preferias que tivesse me calado em recesso
Sem dizer-te quase nada de meu.
Era tudo o que querias,agora eu sei!
Uma mulher silenciosa que não te aborrece
Com histórias pessoais e divagação.
Alguém para as horas vagas...
Não sou boneca sem voz, vê se entende!
É claro que já definistes a situação...
E por isso esta história se acabou:
Covardemente!


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

Destruição


Galhos,pedras,crateras acesas
lascas e pedaços em todo o meu chão.
Onde meu terreno de mato rasteiro
Verde pintado de verde em profusão?
Esturricou-se tudo à minha volta
Calcinado,queimado,eliminado
Por mãos que trariam promissão.
Mentiras são fogo a consumir a mente
Sem dó, como chamas do inferno
Eternamente em combustão.


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

domingo, 29 de novembro de 2009


Pequenas saudades...


Tantas vezes o passado me enternece
E me cobre de pensamentos embolorados.
A menina que fui quase se desvanece
Em tantos tempos vividos e atormentados.
A sombra do cãozinho fiel é imagem extinta
E as flores na caneca já viraram cinzas.
A asa do tempo veloz tudo oblitera
No entanto a presença do que fui persevera
E vez em quando assombra minha aura.
Rio ou choro e a solidão se instaura.


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

sábado, 28 de novembro de 2009


Labirinto


Sempre achei que teria grandes méritos
Porque os sonhos eram grandes e os desejos
Muito maiores do que os sonhos...
No entanto algo foi varrido deste contexto ideal.
Talvez a pobreza do dia a dia tão sem janelas
Que se abrissem para a luz do sol.
Talvez o cotidiano que envolveu e fez adormecer
Toda e qualquer esperança de se esquivar.
Talvez o labirinto sem saída e atordoante
Que encurralou as antigas vontades.


No entanto,elas existem e são uma realidade
E nunca terão uma morte inglória.
Pois,somente o fato de pensá-las ainda,
são prova de que estão apenas narcotizadas,
num sono falso que não trás repouso...


Há que acordá-las a qualquer momento.


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

sexta-feira, 27 de novembro de 2009


Feiticeira


Adentro os teus mistérios como a um templo
Em silencio,pasmado, diante de um sacrário
Achego minhas mãos ao teu corpo relicário
E sinto a pulsação acelerada de teu centro.


Enquanto a doçura se adere à minha palma
Meu lábio pousa leve em teu desejo aflorado.
Tenho receio que te afastes ou percas a calma
E fujas desabalada de meu ardor disfarçado.


Não te assustes minha borboleta amorosa
Nem faça ares de quem não entende nada.
Sei muito bem o que guardas tão zelosa:
O feitiço desta ternura que me acaba.


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)
Explicação...


As mão alisam com ternura o papel em branco.O lápis,apontado no capricho,vai criando formas aleatórias...Arabescos em lugar de poesia.Tento escrever,porém nada me ocorre.Parece que tudo já foi escrito ou falado.A inspiração,minha doce amiga,foi-se antes mesmo de chegar.Para esperar a sua volta vou responder a uma pergunta que sempre me fazem,os amigos,parentes e fãs mais chegados.
O porque de eu usar lápis numa era digital?
Eu explico num instantinho...só preciso uma pausa para me achar.É que não imagino meus escritos eternizados para a posteridade.Um rabisco aquí e outro ali e está feita a minha pretensa poesia.Sem mistérios e sem intenção de ser melhor do que fulano ou beltrano.Sem neuras e invejinhas tolas.Também não espero aclamações do mundo e nem aplausos ao que me é tão natural.
Sabe porque escrevo à lapis? É que o grafite tem o dom de se desintegrar.


-Helena Frontini-

quinta-feira, 26 de novembro de 2009



Separação


Um prato sem sal, sem gosto e sem sabor
Eis tudo o que restou de um pseudo amor.


Tão distantes estamos um do outro,agora.
Cada um segue seu rumo este mundo afora.


Parece que nem tivemos uma vida em comum
Ou nunca nos cruzamos em momento algum.


Por quanto tempo dormimos neste impasse.
E como foi rápido e definitivo o desenlace.


Agora,cada um tem na vida novas diretrizes
A ansiada separação nos fez mais felizes.


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

quarta-feira, 25 de novembro de 2009


Quase dia...


Na janela escancarada a aurora abre um vão
Raios cintilantes no fôsco da madrugada.
O céu ainda em penumbra desvenda um clarão
Numa palidez que logo se tornará dourada.


Levemente sobe do chão uma tenue fumaça
Desenhos abstratos num quadro surreal.
A natureza se adorna em estado de graça
Criando vislumbres do nascimento ideal.


Por instantes há um estado de suspensão.
Tudo se cala esperando o momento milagroso
O presente mais brilhante de toda a criação.
Nasce, enfim o sol deste parto silencioso.


Foi-se a noite para o outro lado do mundo
E fico eu em deslumbre profundo.


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

Letal


Pensei que nosso amor fosse essencial
Porque eu precisava acreditar.
Nunca imaginei que em tua moral
Nossos sonhos fossem apenas diversão.
Tão desnorteante esta arte de amar!
Para mim sempre foi a verdade impoluta.
Para ti uma simples distração.
E assim foi e assim será.
Amor absoluto no gênero humano
jamais haverá.
Fiquei eu juntando os cacos
da taça de cicuta.


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

segunda-feira, 23 de novembro de 2009


O beijo


Meu amor tem um beijo selvagem e adocicado
Néctar divino em minha boca desmanchado.


Gosto de manhãs orvalhadas buscadas no céu
Eucalipto,pimenta e hortelã mesclados de mel.


Lábios macios feitos de caricia plena e atrevida
Deixam-me em estupor e de desejos,rendida.


Como resistir a este crescente de amor
Fogo sagrado que consome meu vão pudor?


Passo os dias nesta gastura um tanto louca
O ardor já não cabe no espaço desta boca.


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

domingo, 22 de novembro de 2009


Desejos angelicais...


Quem dera eu fosse um anjo para minimizar a dor
A dúvida,a tristeza, ao doce toque de meu amor.

Pluma suave decompondo a tristeza,a desolação
Acariciar tua alma,abrandando mente e coração.

Com um adejar de asas, de leve e de mansinho
Retirar de seu mundo tudo o que fosse mesquinho.

Quem dera pudesse te banhar nas aguas da pureza
E te dar as cores e perfumes de toda a natureza.

E te fazer cantar e te dar olhos que perdoassem
E te encher de sonhos que nunca se acabassem.

Como,não sou anjo ainda...apenas uma aprendiz
Te dou um desejo humano:que sejas,sempre feliz!


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

Inspiração...


Enquanto teu amor for meu somente
Dar-te-ei poemas brilhantes como estrelas
Porque sei que te orgulhas e ficas contente
E teus olhos se iluminam em centelhas.

Longo amor, breve ou um simples lampejo
Minha poesia te buscará onde estiveres
E vibrará em teus lábios como um beijo
Por todo o tempo em que me quiseres.

Se um dia tudo se acabar em dor ou festa
Poderás dizer com teu olhos marejados:
-Fui feliz por ter amado esta poeta...
A que deu-me versos jamais olvidados.


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

quinta-feira, 19 de novembro de 2009


Medo de amar


Se pensas que meu amor é calmaria
um vento morno que apráz e acaricia

Muito te enganas,amor da minha vida.
Meu amor vem carregado de poeira ardida

De um deserto há muito desabitado
Se te aproximas,vem...mas, com cuidado!

Ferir-te não é parte de minha sina.
Tenho receio desta paixão que me domina

Adormecida e outra vez reavivada
neste fogo a que me entrego assombrada.

Se me queres,apazigua esta tempestade
E serei tua por toda a eternidade.


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

Estrela cadente


Nosso amor nasceu de uma estrela cadente.
De um pedido com hora certa para começar.
já estava descrito em todos os quadrantes
Que seu destino teria o tempo de um desejar.


Ao avistar o raio que passa incandescente
Busco consôlo neste presságio perigoso:
Que tu voltes aos meus braços, novamente
E me envolva inteira em teu ser ardoroso.


Por estes céus há tantos riscos luminosos
Meus anseios se consomem neste fogo!
Parece que não tive a gana dos desejosos
Nada se cumpriu,não passou de um jogo.


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009


Limbo


Estou dolente em compasso de espera.
Não sei se fico ou se vou mundo afora.
Há tanto a ser vivido, sentido, realizado
E eu amarrado e perplexo nesta esfera.
Numa redoma dourada que me sufoca
Ao revés de meu sonho vaticinado...


Sair significa tentar o que ficou olvidado
Abrir mão de minha comodidade certa
Deixar o itinerário tantas vezes seguido.
À procura de meu destino amortalhado
Tão desejável quanto uma porta aberta
Ao mundo que me trás escondido.


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

Luz interior


Não deixe que tua luz se apague sem fazer nada
Alimente-a com poesias,bondade e coisas belas
Perceba que esta luz que ilumina a tua estrada
por menor que seja é como uma linda estrela


Um farol a te guiar pela noite insone e escura
Não a deixe finar-se num momento de tristeza
Ela é perene e brilha até mesmo na amargura
Ou em estágios de dor onde grita a incerteza.


Deves cuidar que não se afaste de tua alma:
O poder da Fé,do amor e da justiça inabalada.
O ideal e a vontade que não carecem de calma


Esta chama interior que em teus olhos viceja
Nunca a destrua pois só a ti foi destinada.
E cabe a ti cuidar que permaneça acesa.


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

sábado, 14 de novembro de 2009


E a vida passa...


Fiapos de luz,desnudando as sombras
Agua cristalina,cantos,gorjeios e aromas
Todas as cores e flores inebriando o dia...
Céu azul que os olhos assistem,mal abertos.
Um balanço de rede,encostando o sono
Tudo a fazer e eu não faço nada.

Ai! que modorra boa em dia de primavera!

A noite solta a lua e seu cortejo estelar
Ave Maria,tocando na igrejinha distante
Pássaros diurnos em busca de seus ninhos
Morcegos voam e mariposas queimam-se na luz.
O balanço da rede continua lentamente
Tudo a fazer e eu não fiz nada.

Ai! que preguiça boa em noite de primavera!


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009


Estrepolias...


Às vezes encontro meu sonho,perdido em lugares estranhos.

Em baixo da mesinha, numa fotografia embolorada

ou num vaso com flores e até mesmo na cozinha.

Vez ou outra ele escapa de mim e se quebra de modo incomum.

Vou buscá-lo em cada cantinho,colando os pedaços

até que se torne inteirinho...

Fica um pouco machucado quando se afasta de mim!

E sempre volta arrependido...

Melhor ter um sonho escondido do que sonho nenhum.


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009


Insonia...


Olhos fechados,em doce sono embalados
Escondem um ardor que não se exprime
Parece que dormem, mas estão só velados,
Perdidos num desejo que mal se reprime.


Sonha acordada em devaneios de mulher
Almejando lhe venha o impetuoso amado
Na dolente rendição que seu corpo quer...
Leva-a nos braços ao seu leito almiscarado


Dando-lhe um amor ardente e desvairado
Que os olhos cerrados, imploram acontecer.
Ah! anjo travêsso,insone e desatinado
Guarda em segrêdo o que mais quer ter...


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

Amor e seu tempo


Nosso instante feliz passou irremediavelmente.
Foi amor com hora certa para começar e acabar.
Os ponteiros já me avisavam inexoravelmente
Só meu orgulho cego não escutou o tempo gritar.


Devia ter percebido que este amor era um deserto
Pelo teu jeito evasivo e quase sempre ausente...
O coração só sente aquilo que imagina estar certo
Não percebe de imediato a aridez num crescente.


A paixão louca desvairada, mudou-se em amizade
Lenta e fatalmente até este sentimento se acaba
Sobrando a amargura,em testemunho da verdade.
Nosso tempo tornou ao pó, desfeito em nada.


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

terça-feira, 10 de novembro de 2009


Insensatez


Primeiro, teu desejo constante afastou o medo de me entregar...
E nos amamos de muitas maneiras delicadas e perigosas.
Com certeza soubestes fazer-me rir e chorar
Em meio a poucas palavras e intenções duvidosas.
Foram picantes arroubos, enleios e frenesi
Inventados numa gana de emoção...


Depois tua ausencia e pobreza de dádivas,se fez constante.
O coração morava numa nuvem e despencava no chão
Todos os dias, embalando pequenos cacos de ti...
Impossível viver no balanço desta emoção discrepante
Barco sem meta, sem rumo que nunca aportou.
E, percebes agora? Eu endoideci...

Não podia durar,como não durou.


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

segunda-feira, 9 de novembro de 2009


Corretivo


Há dias em que os sentimentos
são como um ferro em brasa.
O coração na bigorna de um ferreiro,
Fica malhando e malhando
Até que desmantele sua vontade...
Moldada neste fogo altaneiro
Reduz-se à realidade condizente,
Perfeita sintonia com a sociedade
E bem menos interessante.


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

Memórias...(2)


Na rua de minha infancia só havia casas...
Prédios altos,só no centro da cidade.
Os quintais grandes, tinham rosas,jabuticabas
amoras e limões que de tantos,se perdiam...

Não havia televisão e toda a modernidade
O rádio era o amigo informado e tagarela.
Os carros, poucos e só aos ricos se permitiam.
Bom era vadiar, explorando ruas e qualquer viela.

Luxo era ir de bonde, se o dinheiro permitia
tomar sorvete na rua Direita...Que emoção!
Olhar festeiro de criança brilhando de alegria,
não viam a pobreza e a desolação....

A vida pobre e sofrida que a todos consumia
Inventada e reinventada pela imaginação...
Saudades da simplicidade que eu nem percebia
e hoje mora num cantinho do coração.


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

sábado, 7 de novembro de 2009


Policromia...


Tantas cores misturadas, fazendo rebuliço.

Pinceladas multi cromáticas em doce fulgor.

Que teu fim de semana seja assim bonito:

Uma catarse inspiradora de muito amor.


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

Dualidade...


Vivo me perdendo no dinamismo de minha situação:
Num dia sou voz que grita, agrega e conclama
No outro viro um aprendiz do amor...atormentado
Em outro sou pequenino ,inseguro, despreparado.
Ou então me torno louco, inconsistente e desvairado.

São tantas as facetas que me fazem humano:
Os grandes atos, a dádiva da generosidade
As cruas responsabilidades, os pequenos heroismos
A genialidade e a doçura da sensibilidade...
...E é claro, o contrário de tudo isso, também!

Sou uma mistura confusa de tudo o que é bom e ruim
certo e errado, divino e pecaminoso...
Deus queira que o prato desta balança (livre arbítrio)
penda sempre para o lado em que estará
a minha salvação.


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

quinta-feira, 5 de novembro de 2009


Bom dia...Vida!


Uma manhã novinha acaba de nascer...
O céu,ainda bordado de estrelas sonolentas
escondidas pelo véu das nuvens de algodão...
O sol nossa estrela amada saúda a vida e o dia
E o faz fervilhante de beleza e agitação.
Esta ciranda Divina e perfeita que acalenta
E vem encher de graça e esperança cada coração.


Celebre o novo dia com alegria e destemor,
Desaprendendo a tristeza e a nostalgia.
A vida é bela,ainda que incerta e mal fadada...
Existe um céu de muitas luzes acima de sua cabeça
A derramar efluvios celestes em sua direção.
Basta aceitar este presente doado com amor
E ter olhos de criança deslumbrada.


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

Distanciamento...


Às vezes teus olhos me encaram sem luz alguma.
Como se eu fosse em tua vida um mero objeto
Um belo adorno,de menor valor...
Às vezes tua frieza é tão dolorida e me faz tão mal
que meu desejo de amar e te fazer feliz
se congela num marasmo de desamor...
Às vezes és tão mesquinho,que tudo o que sinto
Se muda em acre e verde veneno (absinto)
E vou partindo lentamente...


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

Encantamento


Meu amor,quando me beija,não sei o que acontece!
O corpo se desmancha em rico melado
Repleto de seu gosto,doce e desavergonhado
Que invade,alucina e entorpece.


Me vira do avesso,este beijo desvairado.
E a consciencia foge e de mim se esquece
Sobrando o desejo a arder,obstinado.
Meu amor, quando me beija,me enlouquece!


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

quarta-feira, 4 de novembro de 2009


Panacéia


Hoje me sinto doente...
Tua ausencia é ferida que sangra
O sangue pulsando fraco na veia,
coração combalido,quase estanca
doendo de saudade e dissabor...

Preciso de cura,imediatamente!

Tornei-me um inseto em tua teia
presa a uma rede sem valor...
Deus me conceda o discernimento
e o remédio que me cure deste amor:
O santo pó do esquecimento.


-Helena Frontini-
(Pres.aut.)

terça-feira, 3 de novembro de 2009


Segredinhos


Que encanto vem deste amor escondidinho
Feito de frases e poemas escritos no céu.
Quando os leio fica na boca o doce gostinho
Do beijo que não dei com sabor de mel...

Que ternura vem deste amor escondidinho
Desejos ansiosos, totalmente ao léu.
E é bom que esteja bem guardadinho.
Se o mundo souber,vira escarcéu...


-Helena Frontini-
(Pres.Aut.)

segunda-feira, 2 de novembro de 2009


Amor em essência


Nosso dia amanheceu inebriado de amor.
Num céu perolado,tênue e desabrido
As flores acordam derramando leite e néctar
Entontecendo insetos e pássaros, a lhes voltear.


A janela aberta para o azul e o verde atrevido
Inventando novos tons para nosso despudor.
A cama desfeita,rescendendo a trevo machucado
Guarda o mel refinado de nossos corpos suados.


E tudo se mistura numa sinfonia de sons e cores
Vibrando dentro e fora...quente e permitido.
Doce desejo mesclado de flores e segredos
A natureza cumplice latejante de amores
Devassa o leito cansado dos amantes.


-Helena Frontini-
(Pres.Aut.)